terça-feira, 11 de dezembro de 2012



“Educação é a capacidade que temos de transformar, de renovar as ideias do ontem e reconhecer as novas ideias de hoje”.
Eliane Aparecida



“Dos meus tempos de escola muitas marcas ficaram, prefiro aquelas que me fizeram acreditar o quanto sou capaz”. Eliasama Neiva




“Na minha vida escolar tive uma professora  que me mostrou o valor da leitura,fazendo com que eu entrasse no mundo imaginário,me mostrando que ler é um ato de liberdade.” Enilda Nascimento




“Contribuir por uma educação igualitária e de qualidade para as nossas crianças e jovens.” Gilzane Sousa.



“Revisitando a memória da minha formação, muitas marcas me foram deixadas: impossível não lembrar antigos professores que me enveredaram nos campos de uma nova Educação.” Marize Novaes


“Os meus antigos professores me ensinaram a valorizar o ser humano e hoje levo comigo cada lição positiva.” Pedro Machado


“Amigos e professores que com a simplicidade de um gesto, a leitura de um livro, a sinceridade de um olhar, a força de uma palavra, o cheiro do tempo, é que fizeram a minha história e que precisam ser relembrados.” 
Valdira Damasceno




Cordel: As marcas que me deixaram


As marcas que me deixaram

Saudações caros amigos aqui da FTC
Todos juntos conectados no sistema EAD
Apresentaremos em Cordel nossas memórias
Partes da nossa trajetória que encantará você
Teorias curiosas, histórias fabulosas que não dá pra esquecer.

O cordel tão conhecido em Portugal foi nascido
Chegou no Brasil e se espalhou pelo nordeste
E ao contar esta história homenageio o professor
Esses sim verdadeiros cabras da peste.  
Prestem bem atenção pra não ter confusão
Com vocês Memórias de Formação.

Atenção caros colegas que uma pausa vamos dar
Uma volta no passado para poder se recordar
Dos tempos de escola todo mundo enfileirado
Repetindo DA DE DI, B de bola D de dado
O professor exigindo que tudo seja decorado.

Essa educação nos deixou marcados
Marcados pela Uva que Ivo viu
Pela cópia dos nossos erros que pra nada serviu
Decorando a matéria com horário e simetria
Na prova era só responder
Mas do jeito que o professor queria
Isso sem falar do zero vermelho
Que o mestre dava com tanta alegria

Aluno não podia nem falar, só anotar
Copiar mais de mil vezes pra não errar
A opinião do aluno não valia nada
Sua expectativa era desconsiderada
Pobres coitados não podiam nem sonhar.
 Quero contudo registrar que toda história tem dois lados
Um desses lados recordam meu passado
Passado de que agora emocionado brevemente vou falar
Das primeiras letras que aprendi de um jeito torto decorar
Mais que me fez refletir a prática rever minha didática.
Entendendo com os erros que a educação nunca é estática.
Me tornei um educador que pesquisa a sua prática.

É preciso considerar no passado havia paz
O aluno na escola adorava estudar
Respeitava os professores
Prevalecendo valores dentro e fora do lar.
Os tempos eram outros não se pode negar.

O homem foi à lua, inventou a internet
Já planeja noite e dia a Marte fazer frete,
 Imagine meu amigo ao chegar 2037.

A pedagogia hoje fala em pesquisa na escola,
formação continuada, teoria aplicada
Professor polivalente construindo sua jornada.
Se fala em Pedagogia do amor, libertária, progressista
Coisas que antigamente não se tinha nem notícia.

Mas apesar de tudo isso trago na mente uma certeza
A educação continua mudando esta é sua beleza
De Vygotsky a Paulo Freire da Bahia a Maceió
Todos juntos lutamos por um sonho maior
Ter um nordeste mais justo e uma educação melhor.




As marcas que me deixaram


Memórias de Formação

Ressaltando a importância das nossas memórias no processo de formação docente e sabendo que o conceito de memória vem sendo abordado por diversas ciências sociais, conclui-se que a memória como fenômeno social,depende do relacionamento do individuo com a família, classe social, a escola, grupos de convivência e de referência a este individuo. Bergson Halbawchs afirma que 
“[...] lembrar não é reviver, mas refazer, reconstruir, repensar com imagens e ideias de hoje as experiências do passado.” As recordações não afloram em estado puro, na verdade elas são tratadas pelo ponto de vista cultural e ideológico do grupo no qual o sujeito está inserido.(HALBAWCHS,1996,12p.) 
Partindo dessa premissa propusemo-nos a refletir sobre a nossa prática a parte da análise das experiências da equipe. É possível constatar que existem muitas diferenças nas posturas dos antigos professores para as nossas práticas atuais. O trabalho dos nossos antigos professores foi importante no sentido de possibilitar uma revisão da nossa própria prática. O nosso modo de atuar, inegavelmente foi influenciado pelos nossos antigos professores, alguns positivamente outros não, porém de certo modo todos nos deixaram marcas. Parafraseando o professor Paulo Freire, consideramos que não chegamos aqui sozinhos e vazios, mas carregamos conosco a memória de muitas tramas e um corpo molhado pela história e pela cultura. De fato, vamos tramando os pedaços de tempo que nos constituem numa rede maior. Quando percebemos o parentesco entre o tempo vivido e os tempos por vir é que se dá o processo de formação, o qual, em parte, depende das "soldaduras" que fizemos e faremos dos instantes vividos.
Uma reflexão aprofundada sobre a metodologia aplicada pelos professores que tivemos percebeu-se que na maioria, modismos e idéias transplantadas acabam evidenciando uma prática tradicional ou enveredando pelo tecnicismo. Vale ressaltar que, a ênfase era dada aos exercícios, a repetição de conceitos ou fórmulas, cópias, interrogatórios orais, pois através da memorização visava disciplinar a mente e formar hábito, o que acaba por adestrar os alunos. Valoriza-se a aula expositiva centrada no professor sem se preocupar com diferenças individuais e sem maiores elaborações pessoais.
A relação professor/aluno se dava de forma vertical e hierárquica, o professor era quem detinha o saber e a autoridade, dirigindo o processo de aprendizagem, onde se apresentava como modelo a ser seguido.
Á chamada Educação Tradicional da qual fomos participantes, que hoje é bombardeada por críticas severas, como se nada de positivo ela tivesse acrescido á construção da nossa sociedade, manifestamos nossas considerações. É necessário ponderar o período da educação tradicional, visando, também garimpar o que ela pôde contribuir para o crescimento cultural e mental da Civilização, sem o estigma de qualquer ideologia, apenas com o objetivo de estudar os pensadores em educação desta época, nos surpreenderemos com a fortaleza que foi a escola dentro de um contexto dominado pelo fanatismo religioso, político e econômico, onde pessoas foram educadas de forma a se transformarem em seres humanos responsáveis, fortes moralmente, e bem preparados para viver o seu tempo da maneira rígida como naquela época era a exigência.
Em suma, é preciso considerar e aprofundar nossa visão sobre a época, contexto histórico e cultural, que provocou tantas exigências, aparentemente traumatizantes, mas que permitiu um fortalecimento mental, emocional e cultural, num momento histórico delicado e exigente, que ainda estamos tentando esquecer. Após uma análise de todos esses aspectos é possível constatar que a realidade local influencia diretamente os rumos da educação e que toda experiência é válida quando se tem sensibilidade e maturidade para extrair delas o que mais tarde será uma mola propulsora para o sucesso. Como diz Lonely Wolf: “Guerras infindáveis marcam a minha existência, vitórias e derrotas fazem parte da minha vida.” (WOLF, 2001)
A partir das experiências relatadas, passamos a perceber e vivenciar o papel do professor e do aluno num processo de interação e reflexão da realidade social para fazerem uso de instrumentos que provocarão no processo ensino-aprendizagem a internalização dos conhecimentos significativamente produzidos pelo conjunto da humanidade e, necessários ao desenvolvimento do ser humano. Podemos concluir que a aprendizagem ocorre quando estimulada e/ou mediada, provocando saltos nos níveis do desempenho do aluno, principalmente quando o ensino consegue se antecipar àquilo que o aluno ainda não sabe. É nesse sentido que o conceito de zona de desenvolvimento proximal defendido por Vygotsky ganha importância, pois, ela permite que a distância entre o desenvolvimento real e aquilo que o aluno tem de potencial para a aprendizagem se estabeleça a partir da mediação do professor.
Porém, não se trata aqui daquele ensinar passivo, mas do ensinar ativo no qual o aluno é sujeito da ação, e não sujeito-paciente. Em última instância, é preciso ficar evidente que o professor agora é o formador e como tal precisa ser autodidata, integrador, comunicador, questionador, criativo, colaborador, eficiente, flexível, gerador de conhecimento, difusor de informação e comprometido com as mudanças.
Refletindo sobre o papel do aluno no processo de aprendizagem podemos afirmar que o cotidiano do aprender vem sendo influenciado pelas comunicações virtuais, ou seja, evidenciamos mudanças na responsabilidade do aluno com a sua aprendizagem. Com relação ao ato de educar cabe aqui a citação de Rubem Alves
"Educar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais... Entendo assim a tarefa primeira do educador: Dar aos alunos a razão para viver”. (ALVES, 2001)
A grande responsabilidade está no bem-querer, no amor àquele com quem convivemos e dedicamos nossa atenção no dia-a-dia: nosso aluno!É com esse pressuposto que trabalhamos, enaltecendo qualidades e valores tão esquecidos em nossos tempos. Bons professores educam para uma profissão, professores fascinantes educam para a vida.



A Matemática e a Literatura Infantil










A Matemática e a Literatura Infantil

A matemática é, muitas vezes, ensinada de forma desarticulada da realidade, utilizando uma linguagem com a qual os alunos são estão habituados, diferente da língua materna, que estão em contato desde pequenos. A Literatura Infantil nas aulas de matemática é umas das possibilidades para tornar essa disciplina mais interessante e motivadora, o que possibilita diminuir os elevados índices de insucesso matemático dos alunos. Essa integração representa uma mudança no ensino tradicional de matemática, porque os alunos não aprendem na história, ao contrário com atividades desse tipo exploram a matemática e a história infantil ao mesmo tempo. A conexão da matemática com histórias infantis, além de transformar esse ensino tradicional, ainda provoca o desenvolvimento de habilidades matemáticas e da linguagem. Os alunos são levados a compreenderem a linguagem matemática contida nos textos e estabelecer relações cognitivas.
Desenvolver a habilidade de resolver problemas pode criar conexões entre o entendimento informal que a criança traz para a escola e o conhecimento formal esboçado pelo currículo de matemática. Essa mudança de postura exige também que busquemos outras fontes, além do livro didático, que propiciem ao aluno a aquisição de novos conceitos ou habilidades e, neste trabalho, tentamos mostrar que a literatura infantil explorada via metodologia da resolução de problemas é um recurso rico para ser utilizado com essa finalidade. Os livros infantis não exigem inicialmente do leitor outras informações, além daquelas que ele traz da sua própria vivência. Por isso, ao propormos os primeiros problemas, ainda durante a leitura da história, o aluno os resolve usando os recursos que tem e dados do próprio texto, sem preocupar-se em saber ou não a “conta” que deve usar, ou sem medo de errar a resposta.
A literatura é facilmente acessível e proporciona contextos que trazem múltiplas possibilidades de exploração, que vão desde a formulação de questões por parte dos alunos até o desenvolvimento de múltiplas estratégias de resolução das questões colocadas. Ela também exige leitura e estimula à capacidade de interpretação de diferentes situações, o que também é uma habilidade essencial para um melhor desempenho dos alunos em resolução de problemas, bem como, essa conexão da matemática com a literatura infantil propicia um momento para aprender novos conceitos ou utilizar os já aprendidos.
            Howard Gardner, psicólogo da Universidade de Harvard, baseou-se em pesquisas para questionar a tradicional visão da inteligência, uma visão que enfatiza as habilidades lingüística e lógico-matemática. Segundo Gardner, todos os indivíduos normais são capazes de uma atuação em pelo menos sete diferentes e, até certo ponto, independentes áreas intelectuais. Ele sugere que não existem habilidades gerais, duvida da possibilidade de se medir a inteligência através de testes de papel e lápis e dá grande importância a diferentes atuações valorizadas em culturas diversas. Finalmente, ele define inteligência como a habilidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais ambientes culturais. Na sua teoria, Gardner propõe que todos os indivíduos, em princípio, têm a habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligências. Todos os indivíduos possuem, como parte de sua bagagem genética, certas habilidades básicas em todas as inteligências. A linha de desenvolvimento de cada inteligência, no entanto, será determinada tanto por fatores genéticos e neurobiológicos quanto por condições ambientais. Ele propõe que as escolas favoreçam o conhecimento de diversas disciplinas básicas; que encorajem seus alunos a utilizar esse conhecimento para resolver problemas e efetuar tarefas que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem.
A literatura é por excelência um espaço de síntese da experiência humana, das emoções e, por isso, seu uso tem sido destacado em diversos estudos como privilegiado para o trabalho interdisciplinar. Assim, a literatura pode ser usada como um estímulo para ouvir, ler, pensar e escrever sobre matemática. É sempre bom deixar claro que uma mesma história deve ser lida e relida entre uma atividade e outra, para que as crianças possam perceber todas as suas características e, por isso, um mesmo texto pode ser utilizado em diferentes momentos do ano. Seja qual for a forma pela qual se leve a literatura infantil para as aulas de matemática, é bom lembrarmos que a impressão fundamental da história não deve ser distorcida por uma ênfase indevida em um aspecto matemático. Também não devemos esquecer que uma exploração do texto literário não deve ser colocada em segundo plano, sob pena de tornar ingênua ou falsa a interpretação e a leitura do texto literário.




Referência Bibliográfica
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. 3ªed. Brasília, DF, 2001, 142 p
TRAVASSOS, Luiz Carlos Panisset. Inteligências Múltiplas. Disponível em: http://eduep.uepb.edu.br> Acesso em: 06. dez.2011.



Paisagem Natural e Humanizada




Paisagem Natural e Paisagem Humanizada

A Paisagem apresenta várias escalas e varia dependendo do local onde nos encontramos, bem como quando estamos, pois ela é uma sobreposição de momentos diferentes em vários estágios da história. A Geografia é a ciência que explica a paisagem terrestre. A paisagem natural é aquela que ainda não foi modificada pelo ser humano, ela encontra-se praticamente inexistente atualmente e a humanizada é aquela que sofreu modificações humanas. O termo paisagem neste contexto envolve um conceito geográfico discutido e consagrado segundo a ótica da moderna Geografia crítica brasileira, representado no seu mais ilustre geógrafo: Tudo aquilo que nós vemos,o que nossa visão alcança,é a paisagem. (Milton Santos, 1988) Porém, a percepção da diferença entre os dois tipos de Paisagem têm tornado-se cada vez mais difícil por causa da mixagem do meio natural e artificial. A paisagem, então, deve ser pensada em paralelo com as condições político-sociais e culturais do espaço onde ela encontra-se inserida, procurando sempre perceber o invisível. Num primeiro momento é interessante pensar que apreendemos a paisagem de forma escalar concomitantemente ao nosso crescimento. Num primeiro momento percebemos a paisagem do nosso entorno mais imediato. Depois vem visão das casas, ruas, praças e assumindo assim proporções maiores.
Pensando no processo ensino aprendizagem é preciso pensar como a paisagem, coisa externa a nós, passa a fazer parte da nossa vida, seja urbana ou não, como criamos referencias na paisagem para nos localizarmos no nosso cotidiano, é concebível propor aos estudantes conteúdos atitudinais e refletir como a paisagem, que faz parte da nossa vivência emocional, pode também ser fundamental para o nosso deslocamento. Tal percepção é algo que se aprende e pode ser explorado e exercitado. Mas também é interessante pensar que nos dias de hoje há diversas formas de apreensão visual da paisagem. A primeira forma de apreensão é a frontal, que é como as crianças se relacionam e apreendem suas paisagens mais imediatas. São os componentes de seus desenhos a visão predominantemente frontal dos elementos da paisagem. E esta apreensão frontal, na maior parte das vezes, é feita quando a criança está a pé. Ela utiliza, portanto, métricas pedestres para localizar o que está mais perto e o que está mais longe. Agora, nas grandes cidades, provavelmente haverá uma paisagem que a criança apreenderá de forma cinemática. É a paisagem vista da janela do carro, do ônibus, do trem, em seus deslocamentos cotidianos.
O estudo da paisagem possibilita fornece subsídios para que o individuo se situe em seu lugar de vivência, por meio da apreensão da paisagem que ela pode observar. Aprender a se relacionar socialmente com outras pessoas de diferentes faixas etárias, ampliando a noção de espaço. Buscar a organização de sua experiência e expectativa para com o território em que vive. Consideramos que a leitura do mundo é fundamental para que todos nós, que vivemos em sociedade, possamos exercitar nossa cidadania, como aborda Paulo Freire: A leitura de mundo precede a leitura da palavra. A leitura da palavra só ganha significado e significância se ela vier intrinsecamente apreendida com a leitura de mundo do educando e socializada com o coletivo da turma, para que vivenciada as diferenças, aconteçam as internalização e acomodação da aprendizagem propriamente dita.
A natureza onde a ação dos indivíduos se faz notar nas formas de apropriação do espaço, como a produção da cidade e campo, a construção de vias, os movimentos de população, a produção de resíduos sólidos, os deslocamentos das pessoas para o lazer etc. A geografia, por meio de suas atividades de leitura de textos que tratam de suas temáticas, pode auxiliar no letramento, favorecendo a ampliação do conhecimento do aluno. O estudo desta disciplina proporciona as crianças em seu nível de conhecimento sobre o lugar em que vivem, podendo fazer relações com outros lugares, pois elas convivem com ambientes (familiar e escolar), questionam e apresentam suas próprias concepções sobre a natureza e a sociedade.  A paisagem é mutável, isto é, ela se transforma ao longo do tempo, em função das diversas formas de produção do espaço pelas atividades humanas como na referência: “Ela é uma combinação de objetos criados em momentos históricos distintos, porém coexistindo no momento atual.” (Milton Santos, 1997)




Referência Bibliográfica
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. 1ª a 4ª série. vol5.MEC:Brasília DF,2001,166p
SANTOS, Milton. Por uma globalização: do pensamento único á consciência universal. Record:Rio de Janeiro RJ,174 p.
SUERTEGARAY, Dirce Maria Antunes. Espaço geográfico uno e múltiplo. Disponível em: <www. ub.edu. br. Acesso em: 13.out.2011.


Experimento: Efeito Estufa



Dados de Identificação
Escola Municipal Vista Alegre
Disciplina: Ciências
Professora: Cíntia Santana
Data: 25/02/2012

Introdução
Tendo em vista o trabalho com os eixos temáticos, propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais para os anos iniciais do Ensino Fundamental e a realidade descrita no caso para ensino, propusemo-nos a trabalhar com o eixo temático, Meio Ambiente. A partir da análise dos principais problemas ambientais enfrentados em nossa região, concluímos que o tema Efeito Estufa e Aquecimento Global é bastante relevante para o desenvolvimento de uma postura crítica e consciente em nossos alunos. O efeito estufa tem colaborado com o  aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o mais quente dos últimos 500 anos. O efeito estufa é gerado pela derrubada de florestas e pela queimada das mesmas, pois são elas que regulam a temperatura, os ventos e o nível de chuvas em diversas regiões, e o nosso município encontra-se no ranking dos grandes desmatadores do país. Como as florestas estão diminuindo no mundo, a temperatura terrestre tem aumentado na mesma proporção. Outro fator desencadeador desse processo é o lançamento de gases poluentes na atmosfera, principalmente os que resultam da queima de combustíveis fósseis.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               
Situação-problema
Com base no caso para ensino que apresenta uma aula da professora Cíntia, com enfoque nas inconsequentes ações humanas sobre a natureza, percebeu-se que seria bastante plausível diante das inquietações dos seus alunos uma atividade prática, no sentido de demonstrar de forma enriquecedora e participativa as informações expostas pela professora, bem como, confirmar hipóteses e agregar novos saberes. A realização de experimentos possibilita aos educandos se sentirem mais motivados, havendo um maior envolvimento, fazendo com que o educando relacione o conteúdo dado com o seu cotidiano.
Materiais
Dois copos com água, papel alumínio, caixa grande de sapato, tesoura, filme plástico, lâmpada.
Procedimentos
Forre o interior da caixa com o papel alumínio; coloque um dos copos com água dentro da caixa; tampe a caixa com filme plástico. Coloque o segundo copo e a caixa sob a luz do sol ou sob a luz de uma lâmpada acesa. Após dez minutos abra a caixa e sinta com o dedo qual dos dois copos está com água mais quente. Ao iluminar a caixa a luz passa pelo filme se transforma em calor ao atingir a superfície interna. O ar se aquece e não pode sair da caixa por causa do filme plástico, aumentando assim a temperatura interna da caixa. Por esse motivo, água do copo que está dentro da caixa fica mais quente que a água do copo que está fora.

Resultados
(possíveis hipóteses levantadas pelos alunos)
- O copo que ficou fora da caixa atingiu a mesma temperatura do outro que ficou dentro;
- A água do copo que ficou dentro da caixa evaporou;
- Não aqueceu o suficiente para esquentar á água;
- O filme plástico derreteu com a temperatura.
Conclusão
- A água que ficou dentro da caixa aqueceu mais do que a água que ficou fora;
- Não houve evaporação;
- O tempo foi suficiente para esquentar água.
Questionário
- Porque a água do copo que ficou dentro da caixa aqueceu mais do que o outro, que ficou fora?
- O que a caixa, o filme plástico e a lâmpada representam neste experimento?





Referência Bibliográfica

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais- Ciências Naturais, vol.4, MEC: Brasília, DF, 3ª ed. 2001, 136 p.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais- Tema Transversal: Meio Ambiente e Saúde. vol.9,MEC:Brasília DF.3ª ed.,2001,128 p.

VERNIER, Jacques. O Meio Ambiente. Papirus: Campinas SP, 1994, 130 p.



Sequência Didática:Paisagem Natural e Humanizada




Sequência Didática
Espaço Geográfico- Paisagem Natural e Paisagem Humanizada 

    Conteúdo: Conceitos de Paisagem

    Objetivos:
-Exercitar a visualização e a apreensão da paisagem com os focos frontal e cinemático;
-Trabalhar a competência relativa à localização por meio de referenciais definidos na paisagem;
-Ampliar o conhecimento espacial em relação ao seu lugar.
 3º Ano
Tempo Estimado: 4 aulas
Material Necessário: caneta, lápis, papel ofício.
Desenvolvimento
1ª etapa- O educador pode fazer uma dinâmica inicial com os alunos sobre qual ou quais são os entendimentos do termo paisagem. Após os alunos apresentarem suas significações para o termo, o professor deverá expor uma idéia de paisagem o mais ampla possível, que passa pela definição de que paisagem é tudo aquilo que se apreende pelo olhar. Portanto, é o que tem existência física, um prédio, uma árvore, um rio etc. Para se identificar e descrever uma paisagem é preciso passar pelo olhar, pela observação. E saber olhar com enfoques específicos é também um aprendizado. Solicitar aos alunos que utilizem um caderno de campo, para que após a observação realize registros acerca da paisagem do entorno de sua residência. (paisagem frontal)
2ª etapa- Nessa etapa o professor deverá propor aos estudantes um passeio de ônibus, até a Toca do Morcego, próximo ao Rio Paraguaçu onde facilitasse a visualização da paisagem cinemática. Chegando ao destino proposto, promover um Círculo para Socialização das ideias, onde os estudantes deverão se posicionar sobre as paisagens observadas. Durante o relato dos estudantes, o educador fará as seguintes intervenções:
-Diante do que fora observado, o que vocês puderam identificar mais;
-Paisagens naturais ou humanizadas? Justifique sua resposta;
-Qual a diferença entre ambas?
Após esse momento, a professora deverá ressaltar a interferência do homem sobre a paisagem natural, visto que, atualmente é cada vez mais raro encontrar paisagens predominantemente naturais.

3ª etapa- Retomando as etapas anteriores, o professor deverá sugerir que os educandos se dividam em dois grupos para a construção de pequena maquete utilizando os dois tipos de paisagem. A professora deverá fazer uma breve explicação sobre o que é uma maquete, como deverá ser feita, quais os materiais que vão ser utilizados e etc. Ainda nesse momento, ela deve salientar que na próxima aula a mesma já deverá estar pronta.

4ª etapa- Nessa ultima etapa as equipes deverão socializar as maquetes, falando do seu processo de construção, as principais ideias do grupo, as dificuldades encontradas. Após a socialização, as equipes deverão expor no pátio da escola.

Avaliação
Espera-se como desdobramento dessa sequência didática que as seguintes expectativas de aprendizagem sejam alcançadas: 
- Que os estudantes consigam identificar na paisagem elementos de referenciamento local;
-Que os estudantes consigam realizar classificações da paisagem de forma a apreender a paisagem nos enfoques frontal e cinemático;
-Que os estudantes sejam capazes de observar e representar uma paisagem por meio da maquete.
Fazer pequenos relatos, orientandos pelo professor para enriquecer a atividade e verificar o envolvimento dos estudantes



Referência Bibliográfica
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. 1ª a 4ª série. vol5.MEC:Brasília DF,2001,166p.
SANTOS, Milton. Por uma globalização: do pensamento único á consciência universal. Record:Rio de Janeiro RJ,174 p.
SUERTEGARAY, Dirce Maria Antunes. Espaço geográfico uno e múltiplo. Disponível em: <www. ub.edu. br>. Acesso em: 13.out.2011.
.



Projeto Didático: Interligando os Contos ao Universo dos Números



Projeto Didático

Título: Interligando os contos ao universo dos números
Justificativa
            A Literatura Infantil nas aulas de matemática é umas das possibilidades para tornar essa disciplina mais interessante e motivadora. A conexão da matemática com histórias infantis provoca o desenvolvimento de habilidades matemáticas e da linguagem.
            O significado da atividade matemática para o aluno também resulta das conexões que ele estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das conexões que ele percebe entre os diferentes temas matemáticos e justamente nesse sentido que a literatura infantil assume um papel importante, porque ela é acessível e proporciona contextos que trazem múltiplas possibilidades de exploração, que vão desde a formulação de questões por parte dos alunos até o desenvolvimento de múltiplas estratégias de resolução das questões colocadas. Portanto, a leitura exige e estimula a capacidade de interpretação de diferentes situações, o que também constitui uma habilidade fundamental para um bom desempenho dos alunos em resolução de problemas.


Objetivo Geral
  • Estabelecer conexões entre a literatura infantil e o ambiente de resolução de problemas matemáticos, buscando auxiliar a prática pedagógica.

Objetivos Específicos
  • Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio a partir das informações e recursos presentes nos contos infantis;
  • Estimular a capacidade de interpretação de diferentes situações matemáticas apresentadas no texto dos contos infantis.


Procedimentos

·         Numa roda, realizar o levantamento dos conhecimentos prévios acerca do objeto de estudo, apresentando os contos (A Zeropéia de Herbert de Souza e Maria-vai-com-as-outras de Sylvia Orthof) que serão trabalhados e relacioná-los ao universo numérico.
·         Realizar um sorteio, onde serão escolhidas duas crianças, que levarão os livros para casa, com o intuito de socializar a história com os familiares.
·         Na turma, solicitar que as crianças que levaram os livros para casa, compartilhem com os colegas as diferentes situações-problema matemáticas encontrados nos contos;
·         Elaborar atividades diárias pautadas nos contos que foram compartilhados, estabelecendo conexões entre os conteúdos matemáticos e os contos escolhidos (A Zeropéia e Maria-vai-com-as-outras).
·         Dividir a turma em equipes, onde cada equipe deverá ilustrar as principais cenas do conto (A Zeropéia), após a ilustração fazer uma exposição na parede, facilitando a visualização e a compreensão das crianças. Em seguida, a professora conduz os alunos para uma roda, onde será comunicado aos alunos que na próxima aula, que eles vão apresentar uma dramatização do conto acima citado, selecionando, nesse momento, os personagens entre as crianças.
·         A professora deverá levar todos os adereços para a apresentação da dramatização. Convidar os pais para apreciar a mesma. Na dramatização todas as crianças vão encenar as situações-problemas encontradas no conto.
Recursos Humanos: professora, alunos, pais, equipe escolar e convidados.
Recursos Materiais: livros de contos, cartolinas, papel-metro pardo e branco, cola, lápis, lápis colorido, giz de cera, papel colorido, fita adesiva, caneta, tinta, tesoura, piloto, fita, corda, laço e camurça.
Clientela: 2º ano do Ensino Fundamental
Cronograma de Execução: Acontecerá em 3 semanas,distribuídos em 2  aulas por semana.

Avaliação
A avaliação será feita por meio de registros, anotando como foi à desenvoltura no reconto, como a turma se comportou (observar o comportamento leitor). A partir das intervenções, observar se eles ordenaram os fatos dos contos, as dificuldades encontradas e o que conseguiram assegurar.
.Elaborar uma ficha para mapeamento do desenvolvimento de atitudes, que incluem questões como: Procura resolver as situações-problema que o conto propõe? Faz perguntas? Usa estratégias criativas ou apenas convencionais? Justifica as respostas obtidas? Comunica suas respostas com clareza? Ajuda os outros na resolução de problemas? Contesta pontos que não compreende ou com os quais não concorda?


Referência Bibliográfica

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Matemática. 3ªed. Brasília, DF, 2001, 142 p.

DANTE, Luiz Roberto. Formulação e resolução de problemas de matemática: teoria e prática. São Paulo: Ática, 2010,11- 29 p.


ORTHOF, Sylvia. Maria-vai-com-as-outras. São Paulo SP: Ática, 1996,32p.

SOUZA, Herbert. A Zeropéia. São Paulo SP: Moderna, 1993,16 p.

Projeto Didático: Literatura Popular- Lendas





Tema: Literatura Popular
Título: Aprendendo com as Lendas

Justificativa:
A partir da análise das produções feitas pelos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública, que construiu um texto sobre “Animais de Estimação”, é possível observar que a maioria não garante o emprego da pontuação de forma satisfatória,assim como,a riqueza lexical e o emprego dos conectivos, ou seja, os elementos de coesão. As atuais concepções da linguagem nos propõem o desafio de pôr em prática à linguagem, formando cidadãos leitores e escritores de uma cultura em que a escrita é predominante.
Essas concepções têm como peças-chave a relação interpessoal, o contexto de produção dos textos, as diferentes situações de comunicação, os gêneros, a intenção de quem o produz e a interpretação de quem o recebe. Portanto, mais do que ensinar os elementos e as normas que compõem a Língua Portuguesa, precisamos ensinar as Práticas de Linguagem que vivenciamos em nossa língua materna. 
A escolha do tema Literatura Popular, se deu devido ao fato de que é um tema que os coloca em contato direto que com uma corrente simplificada de literatura oral, mas que oferece uma riqueza e uma variedade de propostas para o trabalho com texto escrito, fomentando um resgate da cultura, a partir de uma literatura que faz parte da história de cada um, com um produto tipicamente brasileiro.

Objetivo geral:
·         Compreender os textos orais e escrito com os quais se defrontam em diferentes situações de participação social, interpretando-os corretamente e inferindo as intenções de quem os produz.

Objetivo Específico:
·         Ler nas entrelinhas e inferindo o sentido das informações e refletindo sobre elas;
·         Conhecer a utilização de elementos verbais e não verbais como apoio na construção do sentido;
·         Oferecer textos bem escritos impressos de boa qualidade possibilitando ampliar o repertório de palavras desconhecidas.

Conteúdos:
·         Pontuação;
·         Leitura e escrita;
·         Riqueza lexical;
·         Coesão

Duração: 2 meses (duas vezes na semana)

Recursos: papel ofício, lápis, caneta, lápis colorido, cartolina, piloto, placa, gorro, tesoura, cola, papel-metro, camurça, fita adesiva, cópias dos textos, marca-texto, dicionário, lousa

Procedimentos Metodológicos
 - Em uma Roda de bate papo, levantar os conhecimentos prévios dos estudantes acerca dos conteúdos que serão trabalhados, apresentando o Projeto “Aprendendo com as Lendas” com foco na Literatura Popular.
- Apresentar a Lenda da Vitória-Régia de Terezinha Eboli, indagando: - o que são lendas? - como, onde e porque surgiram? – quem as inventou? Pedir que ele façam a escrita,de forma simples,sobre o que eles entendem  por Lendas. A pontuação e a escrita serão o foco dessa atividade.
- Propor um caça-palavras contendo algumas lendas brasileiras, onde eles vão localizar e reescrever os nomes dos personagens lendários, explorando leitura e escrita.
- Oferecer cópias de um texto informativo sobre a vitória-régia, realizar uma leitura coletiva. O professor deverá trazer um esclarecimento sobre texto informativo e texto folclórico. Pedir que os alunos grifem no texto as palavras que desconhecem o significado,consultar no dicionário o significado das respectivas palavras. Aproveitando as mesmas palavras montar uma lista e expor na sala para possíveis consultas na produção textual.
- Solicitar que os estudantes façam a reescrita da Lenda Vitória-régia,utilizando os elementos de coesão.
- Selecionar dois textos que contemplem as dificuldades de todos e realizar a revisão coletiva.
- O professor deverá disponibilizar um gorro com várias palavras para que os estudantes as leiam e produzam um pequeno texto, em trio. Socializar o texto produzido com a turma, montar um painel com os textos e expor para toda escola.

Avaliação

Observar os avanços nos procedimentos de leitura, a inferência e a comparação de informações, o estabelecimento de relações, a síntese de ideias. Em relação á escrita, observar se os alunos aprenderam a planejar, usar palavras, expressões e recursos (como a pontuação) de forma a deixar os textos bem escritos e interessantes a fim de proporcionar boas leituras. Também analisar os procedimentos de revisão. Por fim, avaliar a rescrita da lenda feita pelos estudantes. Elas fazem sentido ao que foi trabalhado?



















Referência Bibliográfica

ANDRADE, Isabel Cristina. Trabalhando Projetos Pedagógicos. São Paulo SP: Didática Paulista, 1998, 130 p.

BAZZONI, Cláudio. Concepções de Linguagem. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em 16.nov.2011.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa. vol. 2,Brasília DF: MEC,1998,144p.